quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tempo

Há um tempo de saudade e há um tempo de espera. Uma espera longa, que atravessa desertos, conquista solidões e flutua por sobre ondas lentas, vagarosas, do nada ser, esperando ter.
E há um tempo que se divide entre a paz conciliadora e a inquietação aflita.
Uma vontade não sei de que, vinda não se sabe porque, à espera de um nada que se propõe a concretizar-se e de um tudo que parece não mais chegar.
Um tempo de luta. Luta entre a esperança e o não será. Entre o desejo incontido, a busca sedenta por algo que se quer buscar. Algo sem nome, não identificado que não se sabe onde está.
Há um tempo de desejo e de procura que não se satisfaz.
Um tempo de querer infindável que com nada se compraz, a não ser com o desejo de querer mais.
Mas... há um tempo para indagar o que e para que buscar.
E há um novo tempo intranquilo, tempo sem respostas.
Passos sem fim...
Tempo de vazio imenso.
Tempo de peleja e caminhar,
Tempo de o tudo e do nada,
Tempo de incansável desejo de desejar.
Tempo, tempo, tempo...
Que é tempo de tudo.
Indefinível tempo de ser e de viver
Mas também, ainda, tempo de sonhar.

2 comentários:

  1. Lice, para o poeta é sempre tempo de sonhar, de
    refletir, de fazer pensar...
    Neste seu belo poema esta tendência fica muito clara e materializa a peculiar capacidade poética de tecer sempre um olhar minucioso sobre as questões que nos cercam.
    Parabéns!
    OBS: ME MANDA TEU E-MAIL! Ah!já estou seguindo seu blog, viu?
    Um grande abraço
    Meu e-mail: gracamatosgomes@gmail.com

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  2. Oi queridona!!
    Toda a beleza que existe em você ,
    passa em pedacinhos em cada poesia
    que cria.
    Lindo e aconchegante teu cantinho.
    Parabéns!!
    Sonhar sempre!!

    Beijinho

    Glória

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