sexta-feira, 17 de abril de 2009

Há de chegar!


Tenho a esperança de que,
um dia,
Toda a violência dissipará.
Verei pessoas a caminharem,
de mãos dadas,
pelas ruas da cidade.
*
Verei, das entranhas da terra,
onde são guardados segredos,
florir apenas flores perfumadas,
cercadas por beija-flores e bem-te-vis.
*
Vozes de horror, sonhos perdidos
Jamais serão lembrados.
A suavidade de uma essência
Envolvente e luminosa
Brotará.
*
O sol a todos aquecer,
O mar a todos banhar,
Serão como vestes luminosas,
Justiça a emanar.
*
As lágrimas brotarão como flores,
As dores como justiça
E os violentados deste mundo
A surgirem, por detrás do horizonte,
Como aurora, a renovar-se.
*
E os campos cantarão,
Os animais dançarão,
Os homens louvarão
O Senhor da Paz.
*
Voltarão os sorrisos,
Em cada boca a bendizer
E a Primavera atingida será
Por aqueles que souberam
O inverno enfrentar.

2 comentários:

  1. Olá!
    Parece-me que temos algumas coisas em comum entre as quais, a sua linda e legítima ambição de um mundo mais "limpo" e justo, descritos numa forma tão irrepreensivelmente poética. Os meus sinceros parabéns pelo seu lindo e maravilhoso texto.

    Mil beijinhos de admiração...

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  2. Lice, é bom saber que num mundo tão violento, onde a inversão de valores é um fato, há pessoas
    que pensam como você, que tem esperança de um mundo melhor.
    Parabéns!

    Um grande abraço,

    Graça Matos
    www.inquietalitera.blogspot.com

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