sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pena...


Pena... que
Assim,  barulhos passem,a
Zoar, sem entender a linguagem do silêncio.

Pena... que
As vidas passem,
Zerando posssiblidades de Amor

Pena... que
A vida, ao
Zunir ensejos de Paz, não seja ouvida

Pena... que
As angústias, deste tempo,
Zerem as possibilidades de vida

Pena... que
Ante dores e gritos, as
Zonas de esperança sejam demolidas

Pena... que pena que,
Ao caminhar, nesta vida, o
Zênite dos seres seja, sempre, inatingível.

Pena... que
A voz do poeta, como
Zíngaro aflito, tenha que cantar a dor.


Pena... que
A voz deste poeta aflito tenha que
Ziguezaguear por entre tristezas e desamor.

Pena... que
A humanidade
Zonza, em desafetos, ainda não conheça a Paz do meu Senhor





quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sonhos

Atravesso as ruas da minha vida, em buca do meu lugar, esgueirando-me por entre  sonhos adormecidos, em medo profundo de acordá-los.
Antevejo-lhes em burburinho, ao despertar, e os olhos tristes e calados - dos meus sonhos - ao chegar o anoitecer.
Deixo-os, pois, agora repousarem e sonharem com a manhã.
Sonham os sonhos meus com flores enfeitando janelas, pássaros entrevoando as árvores, orquestrando o meu jardim.
Deixo-os sonhar. Sonhar um pouco mais o sonho sonhado só por aqueles que sonham com o amanhecer.
Deixa esta noite passar e acorda-los-ei, revestidos de luz e encanto, a vibrarem de alegria, a cantarem a esperança deste meu viver.E não apenas os terei, mas, fa-los-ei SONHOS, ajudá-los-ei a caminhar.
Não acamparão mais pelos caminhos, não lhes alcançarão mais os estrondos da noite nem os risos do não.
Haverá, sempre, uma manhã a lhes saudar, a lhes proteger.
E, sob os raios de sol, sons de cachoeiras abrir-se-ão, cheiros de florescer erguer-se-ão e os meus sonhos, por sobre trilhas, em relvas verdejantes crescerão e frutos darão os meus sonhos, sonhos meus, fênix em mim, tão cansada de perecer.

sábado, 24 de abril de 2010

                       Um pouco de Charles Chaplin... muito em nós e para nós:

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.

E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!
Charles Chaplin

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Esse canto... meu canto

Esse canto descabido,
explodindo explosivo,
impaciente a chegar,
que sufoca o meu pranto,
assumindo o seu lugar.

Enfeitiça e encanta,
do meu ser a se apossar,
é força bela, incontida,
explosão a flutuar.

Remete-me, assim, a mil palavras,
aprisiona-me no seu querer,
me balança, me agita,
faz-me pássaro ser.

Ausente de vontades vou,
em sua vontade a navegar.
Canta cantos, dono de mim,
explode furacão a explodir.

Grita seu grito, me acena,
pedindo pra lhe seguir,
se recuso, me ordena
e me faz pássaro de jardim.

Revira-se em ondas, a circular,
me torna sereia de mar.
Alça-me em suas alturas
e me faz acreditar.

Que sou livre, sou encanto
querer querendo cantar
palavras em asas ritmadas,
cantando, querendo sonhar,
cantando sonhos pelos caminhos,
sonhando Amor,
dispersa, no ar.

domingo, 18 de abril de 2010

Esperança

Estive triste
Mas, por que estive triste,
Se o Senhor tem tanta força para
me dar?
Mas, por que estive triste,
Se o Senhor tem tanto Amor,
a me ofertar?
Por que quis parar de sonhar?
Por que eu quis parar de lutar?
Perdão Senhor. E obrigada por vir me falar.
E obrigada por tanto me Amar.
Obrigada pela força que sempre me dás.
Quero, pois, a minha esperança concretizar
E, hoje, sei que para isto preciso lutar
Não posso a minha luta abandonar.
Sou cristã, Senhor, eu sei.
Devo, na minha Fé, profetizar.
Tenho asas para voar,
Tenho forças para alá-las,
Tenho Esperanças para realizar.
Dá-me olhos espirituais para enxergar.
Tenho a Ti para me guiar,
Sou amada e, contigo, aprendi a amar
Que mais posso buscar?
Cada vez mais, a Tua presença a me levar,
O Teu Amor como ondas, a me impulsionar,
Na Tua misericórdia, imenso mar, em que eu posso mergulhar
E a minha Fé, barco pequeno, nesse teu imenso mar, a navegar.
E assim, enfrentando batalhas, atravessando tempestades.
alcançando, em Ti, vitórias eu hei
de a minha esperança alimentar,
os meus sonhos concretizar,
Na força do meu querer
No querer que Tu me dás
No desejo de Te seguir,
No Amor do Teu Amar.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Espera


Que tempo trará asas
para voar?
Que tempo abrirá portas e janelas
e dará passagem
ao sorriso em estardalhaço
gargalhando a alegria,
gritando aos corações
o som de novas canções,
ao amor, com pressa de ficar?

Quando chegará o amanhecer,
soltando flores pelas calçadas,
em pétalas espalhadas,
não pisadas,
acariciadas,
reflorescidas pelos caminhos,
abraços e beijos em desalinhos,
mas, tempo de não chorar,
tempo de ser e estar?

Eu quero...
espero um tempo sem fim,
abrindo-se em cada manhã,
 sorrindo jasmins,
eu, criança em mim,
a cantar, a gritar:
Vem canto, dize-me:
É tempo de ser feliz!
É tempo do eterno,
Tempo de festejar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

És tu?

Estás de volta meu canto?
Não te acanhes!
Bem vindo sejas tu,
a balançar-me o coração.

Entra, senta, meu canto
Fiques à vontade.
Não te constranjas, não.

Sei que a casa em desalinho
pode assustarte, canção.
Mas, entra, espalha-te como quiseres
É teu o meu ser, a minha emoção.

Bem vindo tu que me fazes ser
Bendito tu que me fazes querer.
Estás de volta meu canto?
És tu mesmo, minha paixão?

Então, abraça-me, envolva-me,
Canto meu!
E faze-me, outra vez, sonhar,
 docemente perdida, em tuas mãos.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Flor

Move-se a flor
E a direção que lhe impõe
o vento,
a faz inclinar-se
.
E sob imtempestivo vento,
se agita
Despetala-se,
Imaginando estar a dançar.
.
E, na primeira pétala, a cair,
uma gota de orvalho,
como que a chorar.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Estou Aqui

Quando minh'alma se envolve, outra vez, nessa batalha
e,só, percebo o deserto ao redor de mim,
o meu ser se transforma, num grito,
a bradar o Teu nome.
E se as lutas me cercam e todos se afastam de mim, não temo: Tu estarás, sempre, aqui.
Cambaleio por entre as sombras, olhar fixo em Ti. E o meu coração, em carne, pulsa entre as dores
e o meu amor a Ti.
Mas também espera, aqui, na certeza de que me espreitas,
de que, ao atravessar este deserto, hei de encontrar-Te,
aconchegar-me em Teus braços e sorrir.
Eis porque resisto,
eis porque batalho, insisto, enfim:
tão somente para concretizar, merecer
e alcançar
esse sonho que há em mim.