sábado, 30 de maio de 2009

O Mendigo


Sentou-se o mendigo,
Na minha calçada,
Alojou-se.
Cercado por um silêncio,
Por uma dor sussurrante,
A tocar o meu coração.
.
Sentou-se silencioso
E alojou-se.
Havia, nos seus olhos,
Um mundo inteiro perdido
E um vazio imenso ascendendo,
Revelando desesperança e solidão.
.
Abandonado pela vida
O mendigo,
Sustentado apenas pela dor,
Cercado de desamor...
Ingratidão.
,
Ao aproximar-me e falar-lhe
A sua voz era uma sílaba só:
Dor.
Entrecortada
Por submissa humilhação.
.
E o meu coração uma chaga
Mistura de revolta,
Compaixão.
Desejo imenso de ser
Solução.
,
Não fui.
Apenas alimentei
E agasalhei o seu corpo.
.
Porém, vazia e fria, ainda, a sua alma estava.
Retornei.
Não mais o encontrei.
Foi-se com a sua dor.
Fiquei, com a minha inoperância.
.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Retorno

Por que não pomos flores nas janelas,
não falamos coisas belas
Para todos os que passam sem sorrir?
.
Por que já não consigo dar um sorriso,
Tranco-me, perco-me em sonhos perdidos
Como se fosse pecado ser feliz?
.
Eu quero o canto mais belo,
Voltar a sonhar com castelos,
Princípes, fadas e querubins.
.
Eu quero mais gente ao redor,
Campinas floridas, girassóis,
Eu quero colher flores e frutos,
Bem aqui.
.
Eu quero realizar um sonho
Voar, alcançar o sol e o canto risonho
De pardais e bem-te-vis.
.
Eu quero voar pelo tempo,
Nas asas do vento
E encontrar todos os sonhos
Que eu perdi.
.
Eu quero reconstruir a minha história,
Fazer visível minha alma que não conhecem,
Meu canto que tanto padece
Por não ser escutado por ti.
.
Quero abrir caminhos por entre essas rochas,
Cavar os sonhos enterrados, nessa encosta,
Resuscitar desejos escondidos
E ser, plenamente ser, colibri.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Poesia e Luta

"Lutar com as palavras
parece sem fruto
Não tem carne e sangue
Entretanto, luto."
Carlos Drummond de Andrade
.

O poeta luta pela expressão, expressão- testemunha da dor do mundo.

Reage, sempre, protestando, cantando, levado pelas circunstâncias.

E com plavras, entre palavras eu luto, espalhando o meu canto, a minha expressão, por aí:

Visitem-me:

http://lsoares-poesia.blogspot.com/

http://otelices.blogspot.com/

São estes, outros cantos, onde eu canto.

Vão lá e deixem as suas impressões.

Obrigada.


domingo, 24 de maio de 2009

Olhar

O meu olhardiante do mundo
É o sentir de quem aprendeu
A olhar com o coração
E a enxergar todas as coisas
Com o sentimento.
.
Não quero racionalizar
Nem encontrar desculpas
Para as dores do meu tempo.
Não quero aceitá-las,
Quero eliminá-las.
.
Quero, com os meus versos,
Navegar em sonhos
E crer num mundo mais justo,
Com pessoas mais justas,
Com justiça mais justa,
Abraçando todos nós.

Voo


Entre o tempo e a vida
Vejo voar o meu coração.
Alça o voo por mim desejado,
Acompanha atento
A minha esperança.
.
Corre o meu coração por caminhos
E alça o voo em direção ao céu.
Como um pássaro voa
Sem, contudo, abandonar-me
Sem me esquecer.
.
Aqui estou, por entre grades,
Que me impedem de voar
Mas, o meu coração voa,
Até onde quero chegar.

sábado, 23 de maio de 2009

Ser Natureza

Quisera bater asas
E, majestosamente, pousar
Na mais alta montanhoa
E de lá, sair renovada
Como gaivota,
Pronta para enfrentar novos voos
E atravessar, mais uma vez,
todas as estações.
.
QuiseraqQuisera olhar para as pessoas
E enxergá-las
Vê-las através do olhar de um cão
E derramar sobre elas a pureza
Desse olhar
E a fidelidade desse coração.
.
Quisera mergulhar-me nos cerrados,
Enfrentar dificuldades, seguir atalhos,
Embrenhar-me por entre o mato,
Alcançar o espaço, num único embalo
E de lá, sair tão forte
Quanto a força do cavalo.
.
Quisera ter a ternura das flores
Que despetaladas, ainda oferecem perfume
E mesmo abandonadas
Semeiam beleza, espalham ternura, no ar.
.
Quisera ser como os pássaros
Que, prisioneiros, cantam
Fingem estar felizes
Para o opressor alegrar.
.
Quisera ser como todas as árvores,
Dando sombras,
A todos refrescando,
Mesmo quando recebem,em troca,
O machado sangrando-lhe.
>
Quisera ser como os rios,
Mares, lagoas, lagos.
Quisera ser como as águas
A todos das impurezas lavar.
.
Quisera, ah, como eu quisera
Ser como a Natureza
E saber, verdadeiramente, ser
E saber, simplesmente, viver
E saber, simplesmente, servir e amar.


Primavera

Canto canto que balança,
canto flores vivas, no ar.
Voz de cantos, canto de pássaros,
Voz de ondas, gosto de mato.
.
Campo verde, alta lembrança,
Pétalas frescas, flores no chão,
Balanço doce, árvores em agito,
perfume de rosas, no meu coração.
.
Suave aroma, mudando-me o destino
Beijo quente, beija-flor na gente,
Campo verde, verde campo,
Plenitude, nos olhos, trigo nas mãos.
.
Perfume de mato, barulho de rio,
Areia macia pisando, pisamos
Os olhos seguindo, o vento cantando,
Por entre as sombras, crepúsculo a correr..
Amar.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

POESIA

A Poesia sempre habitou no mundo d0s solitários,
Floriu a vida dos amantes,
Foi o grito dos tristes e infelizes,
flores de outono nuns corações,
Aroma de primavera emcorações outros...
.
MasE, desde o princípio dos princípios,
Caminhou com passos resolutos
E fincou-se no coração do homem.


terça-feira, 19 de maio de 2009

O meu coração é uma asa viva
Que não se contenta em deter-se,
Ante o ensurdecido barulho do nada
E o incontestável desencanto ante o ser.
.
O meu coração quer flutuar
E ver
O tempo escrito nas estrelas
O tempo desejado, detido, à espera
Do renascer.
.
O meu coração quer corações
Que saibam, verdadeiramente, amar.
Não quer ser passageiro nem mendigo,
Mas, permanência, no ato de gostar.
.
O meu coração quer abrir portas,
Quer abrir caminhos
Que tragam aos cegos a claridade
Que os espera e que não querem ver.
.
Meu coração, com passos leves e serenos,
Quer mergulhar nos sonhos,
Falar de janelas e luar,
Cantigas e poesia.
.
Meu coração quer aglomerar
Cercar-se de toda a gente
Derramar os seus sentimentos,
Na medida do amar.

Desejo


Que a Paz me cubra
E eu possa ser, eternamente, pássaro
Que regressa no fim da tarde
E encontra pouso na árvore mais alta.
Que ondas de fé e vontade me balancem
E eu encontre força bastante para defender e sustentar a minha Paz.
Que os sonhos me ensinem os seus movimentos
E me conduzam à altura da realidade.
Que o Amor me ame, me ampare e me ensine
A aceitar, compreender e ser Paz.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

AMIGOS


Oh, Deus! Cuida dos meus amigos, sim?
Eles são tão poucos,
Mas, preciosos para mim.
Oh, Deus! Cuida dos meus amigos,
por mim,
Encha-os, sempre, de graças
E faze-0s, sorrir.
Oh, Deus,
Ensina os amigos a serem felizes,
Dá a eles o poder de falar com estrelas,
Voarem até o céu
E com os anjos conversarem, sim?
Oh, Deus!
Cuida dos meus amigos, sim?
Permita-lhes sonhar e realizar,
Ponha, em torno deles, pássaros a cantar
E, sobre eles, o Sol sempre a brilhar.
Oh, Deus!
Faze o mundo ficar feliz
para que eu possa ver os meus amigos,
Caminhando por entre abraços e sorrisos.
Oh, Deus!
Prometa-me que vai realizar
Fazer os meus amigos saberem amar
E, amados, saberem aceitar
Por favor, faze os meus amigos felizes!
Oh, Deus!
Envolva os meus amigos com a Tua luz.
Sob raios de luz envolvidos,
Livres da indiferença e da opressão,
Faze de todos os amigos, irmãos.
Oh, Deus!
Inspira os meus amigos, sim?
Que eles possam cantar os seus cantos, sem fim.
Oh, Deus!
Lembra-Te, sempre, de fazê-los sorrir
E que sejam sempre cercados por alegrias aqui.
Quando a saudade chegar,
Que os meus amigos cantem
Quando a tristeza vier,
Que os meus amigos meditem e orem.
Quando o Sol se pôr,
Que encontrem a Lua e estrelas ,
Quando as estrelas se afastarem,
Que reencontrem o Sol.
Quando tudo escurecer,
Que encontrem a certeza da exitência do céu.
Oh, Deus!
Faze isto para mim, sim?
E eu Te prometo
Amar os meus amigos
Agora e sempre,
Amém.

sábado, 16 de maio de 2009

Minh'alma


Minh!alma quer encontrar
O som das flores,
O grito dos pomares.
.
Minh!alma está desejosa
Das palavras do tempo,
Da Sabedoria de Deus,
Do encanto do mar.
.
Minh!alma quer encontrar
As estrelas
E, com elas, brincar.
.
Minh!alma se sente triste e só,
Como se viesse ao mundo
Apenas para indignar-se,
Sofrer e chorar.
.
Minh!alma precisa, urgentemente,
Da primeira palavra pronunciada,
Do movimento do vento,
A brotar afetos e sons
Vindos do alto céu,
Para lhe acalentar.

Entristeço-me

Entristeço-me,
Quando ao meu redor
Encontro motivos para chorar.
Quando sobre o campo escurece
E não posso a Natureza enxergar,
Quando o céu se faz escuro
E não enxergo as estrelas a brilharem.
Entristeço-me
E choro,
Quando, eu também,
Tenho que envolver-me nessa escuridão
E gritar.
Quisera só cantar
Mas... entristeço-me.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Como posso amar?

Estranho chamar de semelhante
A quem a mim não se assemelha,
Chamar de amigo
A quem não me tem amizade,
Chamar de irmão
A quem comigo não irmana
pensamentos e ações.
.
Estranho olhar aquela gente
A me olhar,
Vozes caladas, silenciosas
A me censurar,
levando, nos olhos, vontades
Que não condizem e não me apraz.
.
Olho, então, ao meu redor,
Intelectos supostos, em gritos,
Olhares maldosos, irônicos,
Desejosos de ser, naquele lugar.
.
Ignaras, pobres criaturas,
Sem rumo, sem crescimento
Invejosos olhares a tramar.
.
Falo, me calo,
Calo-me, falo,
Desejando, acima de tudo isso,
Minh'alma elevar.
.
Que podeQue podem fazer os que
Percebem e compreendem
Pelos que não sabem
E não querem enxergar?
.
Sorrio, em pranto,
Reergo o meu rosto,
Refaço as forças,
PPProssigo, olhando o horizonte longinquo,
Em busca da conjugação
Perdida, esquecida,
Em busca do verbo AMAR.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Antítese


A noite escura
Clareia os meus pensamentos
E o mar revolto
Traz-me alento,
Num canto tristonho,
Sorrisos a buscar.
O deserto desta noite escura
Povoa de lembranças e candura
O meu coração, num oásis, a navegar.
E, no meio do lago vazio,
Murmúrios e ventanias
Espalham-se, enchendo o lugar.
Chora o vento, em brisa mansa,
Canta em sintonia
Com as folhas a balançar
E eu, a olhar a água mansa,
Vejo-me, agora, a sorrir e a chorar.

Rompe-se o sonho

Livre vai-se a noite
E, ao romper da aurora,
O cheiro da manhã
A eclodir-se, no ar.
.
O horizonte a se abrir,
Estrelas, em bando, a fugir
E eu a te procurar.
.
Em canto, eu busco, eu te grito,
Mas o canto da manhã
Esconde o meu canto
E me faz despertar.
.
Perdi-te, nos sonhos,
Romperam-se os abraços
E eu não pude te encontrar.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Construção

O mundo me prometeu
Vãs ilusões.
Calou a voz do silêncio,
Abriu as asas do vento,
Floriu estradas, jardins
E me disse para passar.
.
E, no canteiro terceiro
Calcados os pés, no chão,
O mundo olhou-me e riu.
Arrastou o tapete dos sonhos
E fincou-me em árido solo.
.
Mas, no balançar das suas
Impiedosas mãos,
Fugiu-lhe uma semente
E, entrecortando cortados atalhos,
Alojou-se por entre fendas sem fim.
Fertilizou-se.
.
E, cá dentro de mim,
Floriu uma flor macia,
Pouso de beija-flor, bem-te-vi, sabiá...
.
Encomendou-lhe um canto,
Abriu-se em pétalas,
Recebeu o orvalho do amanhecer,
Fotaleceu-se e me sorriu.
.
O mundo, então, me pediu
Desculpas
E resolveu me agradar.
Espalhou-se para mim.
.
Olhei-o desconfiada
E sussurrei-lhe:
Não! Construi o meu próprio jardim.

A ti, digo

,
Estou impregnada de olhares
E carente de linguagem.
Para ouvir-me agora, amiga,
Deves auscultar sons e ruídos.
.
Só o meu coração fala.
Se queres escutar a minha voz,
Só através do meu coração,
Escutarás.
.
Entre feridas e partidas,
Ele insiste em cantar
E sorrir.
.
Há estampidos, lá fora.
Eufórico desejo de fazê-lo calar
E, mesmo assim, ele canta.
Insiste, busca e grita.
.
Há um silêncio ao redor.
Silêncio de tudo,
Murmúrios de nada.
.
Ouve e grita em silêncio,
o meu coração.
No gritante silêncio, diz-me
A verdade expressa, no meu calar,
Borbulhando-lhe, a sangrar.
.
Ignora os flagelos circundantes
E expressa a sua paixão
Cálida, ansiosa, desejosa de realizações,
.
Silencioso,
Agita-se, em rebuliço,
O meu coração.


terça-feira, 5 de maio de 2009

Meu Tempo



Sobrevoo o tempo...
Ouço a TV e reconheço o meu tempo...
Gemidos e risos se elevam
E as lágrimas se vertem, no coração da vida,
Ante a angústia do meu tempo.
.
Um tempo de interesses,
De buscas e desencontros
Chorados, por trás de cada boca sorridente.
.
Um tempo de pura melancolia
Manifestada por solidões e incertezas
Geradas em cada silencioso grito.
.
Tempo de flores caídas a chorar,
Árvores prostradas, a gritar,
Tempo de risos disfarçados,
Surdos, diante das dores e dos gemidos.
.
Tempo de contradições,
Ausente dos valores da vida,
Cercado por ambições,
Ausente de beleza e de verdade.

SE...

Se eu pudesse dizer o que sinto,
Se pudesses ouvir o que digo,
Diria, a todo instante, que te amo,
Dria que sinto saudades de ti,
Diria que me faz falta,
Diria que a vida ficou mais triste
e vazia, para mim,
Depois que tu partiste, meu pai.
.
E se eu pudesse te ouvir,
Ouviria dizer que me amas,
ouviria dizer que sentes saudades,
Ouviria dizer-me para ser forte
e prosseguir,
Ouviria dizer que esperas por mim,
meu pai.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Visitantes e Seguidores

Para vocês,

Lembrem-se:

O Amor é o único responsável

pelo que que há de melhor,

em nós.


OS meus Passos

Meus passos são movimentos
Certos, ora intranquilos
mas, passos.
Caminho, por entre sonhos
E desencantos,
Flore e espinhos,
Lobos e rouxinóis.
Entretanto, entre bem ou mal,
Seguem os meus passos,
Atravessando vales e precipícios,
Escalando montanhas,
Atravessando rios e mares.
Passos já sem pressa,
passos de quem sabe
Que já não vale querer
Atalhos alcançar.
Meus passos
Devem ser passos leves,
Cautelosos,
Que, às vezes, param,
Repensam o caminho,
Para, a seguir, continuar.
Porque sei que para tocar a rosa,
Preciso aos espinhos sujeitar-me
Para alcançar a outra margem,
Preciso o rio atravessar.
Então, seguem os meus passos
Em direção ao meu chegar.
Sabendo que, no fundo das águas,
Posso pedras encontrar.

sábado, 2 de maio de 2009

Chegar


A alma a beirar abismos,
Segue, entrecortando precipícios,
No intento de compreender,
De ultrapassar a fronteira,
Divisória que a impede
De sentir-se em casa.
É incompreensível a trajetória.
É de se compreender?
É de prosseguir, atingir a meta,
Alcançar o limiar que se lhe aproxima
Divisão entre o sonho e a realidade;
O real ficionalizado...
Sente o cheiro de girassóis
E prossegue...
E sente cheiro de terra molhada
Avança...
E sente cheiro de chegada,
Apressando o chegar.

Linguagem

Preciso de uma linguagem
Preciosamente forte
Que me dê passagens,
Que me ajude a atravessar a ponte.
.
PPPreciso de linguagem
Que me dê visibilidade,
Que possa me encantar,
Que me permita a ponte atravessar.
.
Preciso de uma linguagem
Que me dê espacialização
Da distância significada
Entre o sentir e o pensar.
.
Uma linguagem
Que seja a medida simbólica
Da identidade do sonho.
.
Que permita representar
Aquilo que possa expressar
O encanto de sonhar.
.
Preciso de uma linguagem conotativa
Em tons denotativos
Composta de rimas leves
E sílabas, metaforicamente construídas.
.
Uma linguagem
Que expresse os sentidos,
Ao tempo em que estabeleça
Os limites permitidos,
Ao saber decifrar.
.
Preciso de Preciso de uma linguagem
Que me dê a imagem precisa
Do silêncio estabelecido
E florescido,
Nas profundezas dos sonhos dispersos,
Pela noite a vagar


GOSTO DE GOSTAR

Gosto quando gostas
que te gosto,
neste gosto tão gostoso,
de gostar, devagar.
.
Amo quando amas deste jeito,
de amor, aqui no peito,
amado, amante amado,
num amar, bem devagar.
.
E do laço que enlaças, dando laços,
neste enlace,
lançando lanças, com teus olhos,
me laçando, devagar.
.
De ti, de tudo gosto,
gostando fico,
sempre, sempre a gostar,
deste teu gosto tão gostoso,
gosto de saber amar.