sexta-feira, 3 de maio de 2013

No meu peito, esse desejo ansioso de ser, tão afastado de si mesmo, tão cheio de chegares, tão coberto de desencantos, tão precisado de incentivos, tão rebuscado, tão doído...
O meu canto sufocado pelo tempo me faz chorar em canto triste... disfarçado do querer...
Esse meu querer de não querer, querendo me expulsar... e eu querendo expulsar o não querer
de prosseguir... o querer de não chegar.
Ah querenças complicadas, de poeta assombrada, ante a dor que não se resguarda, ante o canto que teima, às escondidas, em fugir, partir... não mais lutar... E essa vontade louca de ir... de prosseguir, de caminhar... e esse sonho que me atiça, me provoca, me fascina, ao dizer que lá, bem diante, há um luminoso canto a me esperar.
Ah querenças de poeta... ser complicado demais para se decifrar.