Disse ter-me visto outro dia.
Perguntei a ele onde morava,
de onde era que ele vinha.
Disse-me vir de um lugar distante
Que quase ninguém conhecia.
Que, no seu mundo, havia Amor,
Verdade e muita harmonia.
Perguntei-lhe por que viera,
Disse-me que não sabia
Que perdera-se pelo caminho
e voltar já não conseguia.
Então, pedi-lhe que ficasse,
Disse-me que não podia,
Que deveria retornar,
antes do amanhecer de um novo dia
Que aqui, no meu lugar, Amor já não havia,
Nem tampouco razão para Alegria.
Que, aqui, as flores são de plástico
E que matas já não tínhamos
Que os homens são robôs,
justiça e caridade já, neles, não havia
E que, comandados pela ambição,
pouco a pouco, o coração perdiam.
Tentei convencê-lo do contrário,
Mas ele não me ouvia.
Estava triste, assustado
E me disse que se ficasse, morreria.
Disse-me adeus, saiu voando...
Gritei "qual é o seu nome?"
enquanto voando, partia.
Respondeu-me apressado, enquanto de mim fugia:
Sou irmão da Felicidade, filho da Paz e do Amor.
O meu nome é Alegria!
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