E o meu destino, como planta não florescida,
carrega, escondida, a luz das flores
que ainda não conseguiram brotar.
O meu ser, secretamente, entre o silêncio e a alma, caminha
desentendido, sem compreender a mão que o estreita,
sem deixá-lo alcançar.
Meus olhos, a navegar, tornam-se, de repente,
rios desatados, que se rompem a chorar,
por não encontrar o mar.
E o meu coração retumba em queixumes,
a estender-se pelos sonhos entardecidos
que se perderam no seu caminhar.
E eu continuo a caminhar, cortando caatingas selvagens,
vergando flechas, rompendo arcos,
em busca do meu lugar.
"Meus olhos, a navegar, tornam-se, de repente,
ResponderExcluirrios desatados, que se rompem a chorar,
por não encontrar o mar."
Linda, linda como sempre esta sua tão sublime forma de escrever. Mil vivas para vc minha querida amiga Lice.
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Quero do fundo do meu coração agradecer-lhe todas as suas ultimas e tão reconfortantes palavras (postadas no meu Cantinho) que sem duvida, para mim e neste momento de imensa dor, foram muito importantes para ajudarem-me a atenuar esta mesma dor.
Fico-lhe eternamente grato por este carinhoso e solidário gesto que vc minha querida amiga Lice teve para comigo.
"O mais difícil na partida de alguém que nos é muito querido, é saber que, essa pessoa jamais regressará."
Mil poéticos beijinhos... em seu tão lindo e carinhoso coração.
A.Soares (apollo-onze)
" ... e o meu coração retumba em queixumes a estender-se pelos sonhos entardecidos... " Versos belos querida Lice. Ao ler o poema, parei nestes versos para meditar, li de novo e não poderia deixar de destacá-los sem desmerecer todo o resto do texto que é de uma delicadeza ímpar. Poema encantador ! Bj.
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