sábado, 1 de agosto de 2009

Revelar-se

Quando suspender o pano
Que vereis?
Que cores brotarão descobertas e expostas
À claridade do sol?
Que vereis vós, quando brotar a manhã
E a clareza das coisas,
E a exatidão do tempo,
Refletir-se, em todas as faces?
Que cores estarão vivas,
Que visão estará morta,
Ante a claridade da manhã?
Passou a noite, acabou o espetáculo...
Esqueceram suspensas as cortinas
E expostas estão as vossas faces.
Encerrou-se a cena...
Como, no antigo teatro grego,
As máscaras se foram com os aplausos...
Já não são necessárias...
Que será de vós, eterno a representar?
Verão todos a vossa face.
Sereis vós real, ante a manhã ensolarada
A Luz do mundo a revelar a vossa face...
É tempo de revelação!

2 comentários: