segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Entender, não aprendi


Não tive o amor de todos os que amei.
Não consegui, ainda, colher
todos os frutos, por aqui.
.
Não consegui
Fazer-me entender como desejei
Busquei a essência de cada canto,
Mas, talvez, na busca só os feri (?)
.
Sobre mim atiram calada tempestade
Atribuem atitudes e
Uma dor que eu, nunca, a razão entendi,
Solta, num mundo de silêncio,
Um mundo incompreensível para mim.
.
Mergulhei-me, em mim mesma,
Não me encontrei, me perdi.
.E, em cada canto, em cada linha do meu verso,
busco o meu sentir.
.
Tento compreender os silêncios
E os sentimentos que me espreitam
E que, ainda, não compreendi.
.
Tenho mil perguntas sem respostas,
Tenho respostas a me virar as costas,
Rejeiçoes que doem, em mim.
Grita a minh!alma,
Gritos sem fim
.
E, mais uma vez, vou dormir sem respostas,
vou acordar tristonha,
Sem saber
por que a vida me trata assim.

2 comentários:

  1. Querida Lice, seu poema traduz as inquietações que toda alma reflexiva possui. São mesmo muitas as indagações e poucas as respostas, mas são as perguntas que nos movem. Lindo e expressivo poema. Bj.

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  2. Nunca teremos respostas a tudo, Lice.
    Por vezes nossa natureza desarrumada
    fervilha e o Eu faz o motim dentro de nós.
    Um convite a reflexão, seu poema.

    Meu beijo

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