segunda-feira, 8 de junho de 2009

Hoje, eu quero sonhar

Não quero ouvir notícias,
Não quero escutar o rádio
nem assistir televisão.
.
Ah, mundo... estranho te tornaste
Ou, só agora, o estranho se apresenta?
Que houve com os sonhos e a esperança?
Que houve com o teu coração?
.
Quem te amarra assim nesta dor,
Quem te provoca cada grito,
Cada gesto soluçante,
Cada fatalidade gritante, em teu ser?
.
Hoje, não quero ouvir notícias.
Hoje, eu não quero chorar.
Humana comoção sempre me invade,
Quando vejo e ouço o mundo a desabar.
.
Hoje, quero permitir-me sonhar
Que a Natureza não chora; sorri
Que os sonhos, amedrontados,
Não foram embora; estão aqui.
.
Quero crer que o sorriso não se perdeu,
Que aqui ninguém chora,
Que o lampejo é plena luz,
Que a Paz do passado se reproduz.
.
Quero crer e sonhar
Que existe uma orquestra, no ar
Que as pessoas vivem a sorrir e a dançar,
Que o Amor não partiu.
.
Quero crer e sonhar
Que o mundo evoluiu.

2 comentários:

  1. Oi Lice

    Obrigada por tua visita ao meu blog. Lindo poema, parabéns! Realmente, querida, muitas vezes dá vontade de fugir dessa realidade maluca dos nossos dias...
    Té mais
    Abraço
    Eloah

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  2. Oi Lice, seus textos sempre tão reflexivos me impelem a meditar sobre a própria existência e o sentido dela. Também trago em mim muitas indagações como as que voce faz em seu lindo poema ! Corações sensíveis fazem perguntas mesmo quando não conhecem ou não entendem as respostas. Bjs.

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