O Meu Senhor

Digo-Te palavras,

Não escrevo-Te poesias

Pois, é o meu Senhor

Quem, ao nascer de cada dia,

nas entrelinhas de cada instante

brotado entre cada manhã,

Escreve-me um poema.

É Ele quem me canta, em cada verso

E que, a cada passo do dia,

Escreve-me uma poesia.

O meu Senhor é poesia, em mim,

É onda que me eleva às alturas, me faz flutuar.

Quando cansada me sinto,

Leva-me nas asas do vento

E me faz, em verdes prados, repousar.

Abre as Tuas asas sobre mim

E livra-me de todo o mal.

Acalenta-me nas tristezas

E, diante das dificuldades, abre-me o mar,

Eleva-me às alturas, sim,

Ele sempre me faz voar!

Doce canto de Paz, restaura o meu coração,

Cura todas as minhas feridas

Nunca me deixa em solidão.

Ensina-me a sabedoria do dia

E a majestade da noite.

E como criança a apanhar lírios do vale,

Colho-o, no meu coração.

Escancaro-Te as portas da minha alma,

Escalo as alturas do espaço

À busca da Tua compreensão.

Mostra-me a belha por sobre as flores,

A água a contemplar os céus

E ensina-me a tão somente ser

Aquilo que queres em mim ser.

Grandioso que espalha a vida,

A cantar os nossos silêncios

E a sonhar os nossos descansos,

Com Teu sopro suave sara os desgostos

de todo ser humano.

Sei-te beleza, meu Senhor,

Força que começa

No recanto mais santificado

E prossegue, infinito,

Além das nossas visões e compreensões.

Atraia-me sempre à Tua presença

E envolva-me em teu Amor.

Pois entrego-me, a cada dia, como corrente

Querendo desaguar no oceano infinito

deste Amor.