Sentindo-se triste e só.
Não produz os mesmos frutos.
Recebe do mesmo jeito sol e vento
Mas, recebe-os diferente, com um outro olhar.
Há uma figueira fincada, no meio daquela vinha
Que luta para dar frutos,
mas ninguém aceita, rejeita...
Há uma figueira que, diante das demonstrações
Aprendeu a ter humildade
para completar o tempo de espera,
Esperando só.
Há uma figueira, no meio daquela vinha,
Que, na profusão de indagações e desencontros,
Resolveu sonhar.
E na linguagem dos sonhos
Resolveu mergulhar-se.
Não dará frutos para o bom vinho.
Logo, prepara, com carinho, outros encantos
Para, além da vinha, outros seres embriagar.
Há uma figueira, no meio daquela vinha
Que, às vezes, não entende
Porque está ali,
Mas, fica e espera
O tempo se revelar.
Querida Lice, mais uma tocante poesia onde seu eu-lírico transborda ricos sentimentos. Um mimo ! Bjs.
ResponderExcluirLice, Nas "vinhas das multidões" há figueiras
ResponderExcluirdiferentes, quer no olhar , no sentir, no se relacionar, no ser poeta...
E viva às diferenças!Senão, a poesia seria monótona, o conhecer o outro seria previsível, sem encanto.
Parabéns!
Graça Matos
www.inquietalitera.blogspot.com
Lice, esse é um belo poema com uma bela descrição. Parabéns! Adicionei seu blog aos meus links. Abraços.
ResponderExcluirWilson Macêdo Jr.