terça-feira, 27 de janeiro de 2009

NINA

Teus olhinhos, menina,
Ternos a me fitar.
Eu, sentada a escrever
Tu, como a me guardar.
O tempo passa,
Continuas ao meu lado,
silenciosa, a vigiar.
Paro por um instante
Fito-te.
Jogo bejinhos
Sorri, abanando o rabinho,
Feliz por comigo estar.
E quando saio e não vês,
Caminhas pelo quintal
Procuras ansiosa,
focinho rente ao chão,
Farejando os meus passos,
Ansiosa a me buscar.
E, ao me ver, de longe,
Corre ao meu encontro,
Querendo me abraçar.
Nina, amiguinha minha,
Companheira de sempre ficar.
O amor que sinto por ti,
O amor que sentes por mim
Forte.
bem mais que um humano amar.
Sapeca deita na cama,
Rolando pra lá e pra cá,
Sozinha a brincar.
E quando quer alguma coisa,
Rosna num resmungar.
Insistes, persistes, bate as patinhas,
Exigindo que vá te agradar.
Se demoro, se me ausento,
Em meio aos meus pensamentos,
Vem, devagarinho,
Põe as patinhas no meu colo,
Começa a me beijar.
Quem já viu amor maior?
Maior que o de Nina?
Não há.

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