É noite.
Há um silêncio ao redor,
A revelar o segredo das almas
Despertas.
Vestida de silêncio, a noite
Espreita o coração do poeta
E o faz cantar.
Abre os olhos majestosos
Do infinito
E se perdem os corações,
Entre propósitos e desejos.
É noite.
Jaz a sombra
De tempos passados.
E guarnecido pelos sonhos,
Põe-se o poeta a cantar.
Noite,
Companheira.
Caminha o poeta,
Assemelhando a ti.
No escuro da sua solidão,
Vê-se estrelas luminosas
A espalhar-se.
E, no seu coração atento,
Carrega a lua,
Cercada de nuvens
Como em procissão.
E o poeta canta
Os seus louvores.
Rasga-lhe o peito,
Envolto em magia e luz.
Para, entre a caneta e o papel,
Romper a aurora,
Vendo surgir um novo dia,
No silencioso e estrelado
Céu
Dos versos que canta.
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