terça-feira, 31 de agosto de 2010

Caminhos

Caminhante que sou,
Vago, em asas, sem rumo certo,
Contemplo planícies verdejantes
E luto, a desviar os meus olhos
De tudo o que golpeia a minha alma
E me faz desacreditar.

Caminho, a rolar por sobre estrelas imaginárias,
Lançando o meu coração andante
Ao vento que me conduz,
Ao mistério,
Ébria de sonhos, coberta de esperar.

E das flechas de fogo faço flores,
A colher essências perdidas,
Ao encontrar, por entre despojos,
Uma rosa, a ressuscitar.

Minha fé está num milagre do futuro,
Brotado em corações que cantam.
Celebro este canto que virá
Eclodido em bocas gritantes,
A invadir campos e campestres,
A contagiar.

O grito arrastado pela chuva
Deslizará em enxurradas profundas
Até, na várzea, se abrir
E fazer as flores brotarem.

E, quando já em silêncio,
Sentirei o brotar do tempo novo,
A florescer pelas épocas sem fim,
reconstruindo a história
Para sempre, em flores, a se abrir.

2 comentários:

  1. Olá, Lice qeurida
    Eu também me sinto peregrina...
    Lindo seu poema!
    Bjs e tudo de bom pra vc caminhante na arte de poetisar.

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  2. Olá minha querida amiga Lice! Peço desculpas pela minha prolongada ausência mas sabe como é uns diazitos de férias mais algumas tarefas e o tempo passa com uma rapidez enorme e mais de metade das coisas ficam por fazer.
    Olhe... dou-lhe os meus sinceros parabéns tanto pela extraordinária remodelação do seu blogue como tb por mais maravilhoso texto da sua autoria está td verdadeiramente lindíssimo!

    Obrigado pela sua visita ao meu "cantinho" e pelas suas sempre carinhosas palavras e volte sempre pois é muito bem-vinda e há por lá mais uma recente novidade...

    Beijinhos mil para vc minha querida amiga e graciosa irmã brasileira.

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