Que se movia por entre as nuvens,
Pairava no espaço
E buscava, sempre, a árvore mais alta.
.
Outrora, como pensamento, percorri sozinha
Os limites do tempo
E encontrei homens bons
E encontrei homens maus.
.
Outrora, entre o voo e o pouso,
Perdi a minha liberdade
E, aprisionada, cantei cânticos sofridos,
Canções choradas,
Enaltecendo os meus algozes.
.
Outrora, reconquistei a minha liberdade,
Quebrei as cadeias
Que me algemavam a alma
E voei.
.
Outrora, pousei em mar aberto,
Conversei com baleias, sereias
E, entre ondas agitadas,
Fui amiga do mar.
.
Outrora, aceitei a paixão.
Entreguei o meu coração
Mas, ao sentir o entardecer,
Novamente abri as asas
E quis voar, voar, voar...
.
Abri novamente as asas,
Movendo-me como águia,
Entre as montanhas e as noites,
Buscando abrigo encontrar.
.
Com pálpebras firmes,
Agarrei o fogo com as mãos.
Fui correntes do rio sem fim,
Profundezas do mar
Que o fogo não pode atingir,
Que o fogo não pode queimar.
.
Sou, pois, hoje coração caminhante,
Pousando sobre a relva,
Quando me deixam pousar.
Sobrevoando o céu
Em busca do meu destino,
Ainda por desvendar-se.
Seu coração caminhante continua a percorrer as vias misteriosas e fascinantes da poesia minha amiga. Bjs no coração.
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