quarta-feira, 8 de abril de 2009

Tardes da Minha Terra


Naquela tarde...
O abraço frio
do vento
E o sussurro,
no meu ouvido
Despertou saudades
dos fins tardes de verão,
quando sentava,
na varanda
E via o céu
abrir-se em estrelas
Mas o vento sopra
E faz-se inverno,
também no meu coração.
Avistei, ao longe
um frágil raio de sol.
Lembrei-me
dos dias ensolarados,
das tardes de verão,
Do vento a beijar-me o rosto
E o sol, num aceno, a me sorrir.
E desse ar quente,
envolvente,
convidando à praia,
sorrisos, mergulhos
e música no ar.
E de todos
os pássaros a voar,
Felizes por haver
brilho e luz no ar, cantando a saudade.
E da terra verde e plana
Planície quente e calma,
Tardinha de pleno descanso,
Quando todos os seres param,
Saboream a brisa fresca,
Contemplam o horizonte,
O sol em despedida a avermelhar-se
E dizem "amém"!

Pensamento


(Tirado da internet)

Meu País

O meu país
É um país gigante
Com ares de menino,
Com medo de apanhar.
O meu país é um pássaro imenso
Com asas verdes e amarelas
Será o meu país
Um papagaio calado
Que não ensinaram a falar?
O meu país é tão bonito...
De gente sofrida, tão carente
De gente rica, indiferente
De gente corrupta, inconsciente.
Meu país precisa mudar!

DEUS

Deus, estou aqui.
E vou Te amar,
Para sempre vou Te amar,
Meu Senhor, amar
Cuida, então, de mim,
Sonda o meu coração,
Cuida de mim.
Como Tu revestes os lírios dos campos,
Cuida de mim.
Como alimentas as aves e os peixes dos rios e do mar,
Cuida de mim.
Como irrigas a terra árida
E faz brotar flores e frutos,
Cuida de mim.
Como cuidaste dos primeiros cristãos,
Cuida de mim.
Fiz do Teu Filho
Amado meu,
Cuida de mim
Dá-me condição de filha,
vivo para te amar
Porque, na minha vida, não há outro deus
Porque só tenho a Ti,
Deus,
Cuida de mim.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Olha só, Senhor!

Atiram-me pedras.
Como atiram-me pedras, Senhor...
E eu, envolta na minha dor,
Cega estive até aqui
E sempre quis devolvê-las.
Vi, então, o "Castelo", de Pessoa
E a sua construção.
Aprendi, pois, a guardar essas pedras,
Para a minha edificação.
Eis aqui todas as pedras, meu Senhor.
Outras, certamente, hão de vir.
Endireita as minhas veredas
para que eu possa prosseguir.
Fortaleça o meu espírito,
Engrandeça o meu coração,
Para que eu possa, também,
O meu castelo construir.

domingo, 5 de abril de 2009

Lembranças

Rebuscando, na memória, cheguei à minha adolescência. Meus anos de sonhos intensos, de desejos a realizar, magia gosotsa de sonhar e plenamente crer.
Reencontrei, então, uma da minhas leituras favoritas: Gibran Kahlil Gibran.
Como eu gostava de lê-lo... Há no seu canto melodias que se misturam entre cantos e encantos para significar verdades.
Resolvi voltar a com ele pensar:
"... quem é moderado na proclamação da verdade proclama somente a metade da verdade e deixa a outra metade velada pelo medo do que o mundo dirá..."
"... a vida me pôs num de seus caminhos onde brotam tanto as flores como os espinhos e onde passam lobos e rouxinois".
"Jesus não veio ensinar aos homens a elevar igrejas suntuosas ao lado de casebres miseráveis e de habitações frias e escuras, mas veio para fazer do coração do homem um templo e de sua alma um altar e de sua mente um sacerdote" (Gibran.As últimas horas de Gibran. p 97, 98)

sábado, 4 de abril de 2009

CANÇÃO

Há em mim uma canção
Que nenhuma letra pode revelar.
No fundo da minha alma, há uma canção
Que nenhuma palavra pode decifrar.
O canto sufocado que há em mim,
só o meu coração conhece.
E a imposta mudez desse canto,
Só as minhas lágrimas sentem
e por ela padecem.
Não conhece o meu canto outro caminho
senão o recôndito da minha alma tristonha.
É um canto escondido que não ousa libertar-se.
Afinal, quem ouvirá e/ou entenderá o meu canto?
Quem entenderá este canto calado por não poder cantar?
Que ouvidos escutarão o meu canto e com ele entoarão,
na trilha do coração, alegres cantares?
O meu canto é uma eterna canção de amor e justiça
Que já não se sabe como escutar.
E assim vaga, na trilha do silêncio
canto não cantado,
Por já não poder cantar.
Temo que, um dia, o meu canto se transforme num grito
E pelos ares se agite,
Misturando-se com o rugido do mar.
E que, entoado num clamor profundo,
mar e canto ignorados,
Acabem-se
em tempestade uivante,
Logo dissipando-se, no ar.