quinta-feira, 22 de abril de 2010

Esse canto... meu canto

Esse canto descabido,
explodindo explosivo,
impaciente a chegar,
que sufoca o meu pranto,
assumindo o seu lugar.

Enfeitiça e encanta,
do meu ser a se apossar,
é força bela, incontida,
explosão a flutuar.

Remete-me, assim, a mil palavras,
aprisiona-me no seu querer,
me balança, me agita,
faz-me pássaro ser.

Ausente de vontades vou,
em sua vontade a navegar.
Canta cantos, dono de mim,
explode furacão a explodir.

Grita seu grito, me acena,
pedindo pra lhe seguir,
se recuso, me ordena
e me faz pássaro de jardim.

Revira-se em ondas, a circular,
me torna sereia de mar.
Alça-me em suas alturas
e me faz acreditar.

Que sou livre, sou encanto
querer querendo cantar
palavras em asas ritmadas,
cantando, querendo sonhar,
cantando sonhos pelos caminhos,
sonhando Amor,
dispersa, no ar.

4 comentários:

  1. O poeta tem este encanto de querer e poder voar, volitar, rasar. Fazer os outros, também voar.

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  2. Oi,Lice.Como Beija-flor voei literalmente nesse poema tão singelo. Que bom, veio até mim pelo WAF.Adorei aquele espaço também,achei muito bacana. E ja´ colhi um belo fruto... conheci você.Mais uma amiga que ganho da poesia.Volte sim lá mais beijos.Pois eu já estou aqui também. Beijão e parabéns. Ótimo final de semana.

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  3. Revira-se em ondas, a circular,
    me torna sereia de mar.
    Alça-me em suas alturas
    e me faz acreditar.



    seu Blog é lindo e seus trabalhos são ótimos, um forte abraço e um bom final de semana.

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  4. Os bons lugares onde a poesia habita, sempre são lugares agradáveis de se visitar, assim como o seu blog.

    Obrigada pela sua visita aos meus "encantos e desencantos".

    Abraços de luz

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