Um dia o poeta sonhou com a Lua.
Sonhou que ela havia invadido o seu quarto. E trazia nas mãos lindas rosas multocores.
Em cada rosa estava escrito um nome. O Poeta não entendia.
A Lua, então, estendeu-lhe uma rosa e nela estava escrito: Ilusão. O Poeta não entendeu.
E a Lua foi estendendo-lhe as rosas: Sonhos, Verdade, Canção, Dores, Tristeza, Felicidade, Alegria, Encontro, desencontros... Ficou com a última rosa, nas mãos. E o poeta perguntou-lhe: Não vais me estender também esta? A lua respondeu-lhe: Esta é a síntese de todas as rosas que te dei. Mas é preciso que chegue o Sol, para que eu possa te dar.
Esperaram horas e horas até a chegada do Sol. E a Lua estendeu a última rosa ao poeta.
Como num passe de mágica, a rosa se abriu. Suas pétalas tinham cores diversas e, numa delas, estava escrito: VIDA.
O Poeta entendeu.