terça-feira, 20 de outubro de 2009

Poesilêncio


Meu silêncio é rio profundo
É deserto infinito, inalcançável
É todo um universo de palavras
Caladas.
.
Meu canto, sem palavras,
dorme
Como pássaros adormecidos.
Sonha. Não quer acordar.
.
Contudo,
Mesmo em silêncio,
quero-te, poesia, contemplar.
,
Romper contigo
Todas as auroras,
Quebrar o meu silêncio,
cantar.
.
`As vezes, em calmaria,
calmo, belo, lento mar.
Às vezes, em tempestade,
me dás força, me ensinas
a lutar.
.
E, agarrada às tuas vestes,
Retorno salva,
A te brindar.
.
Preciso eu, ainda falar?
Sim, por ti, em ti,
Preciso, ainda, a vida cantar
E, em mim, outras vidas festejar.
.
Poesia do meu amar,
Silêncio que me faz gritar,
Brando, lento, forte canto
A me impregnar.

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