Alguma coisa
Que pudesse te dizer
o indizível do meu ser.
Que, diante de ti,
Refletisse a minha alma
Que anseia, que vaga,
Chora e tateia só
Em busca de ti.
Quisera escrever algo
Que pudesse ser
Como uma canção.
Que te penetrasse a alma,
Rasgando, de mansinho,
Entradas e entranhas
E pousasse firme, no teu coração.
Quisera ter podido escrever algo
Capaz de mostrar-te luz e verdade
Sol e calor, mar e verão.
Verdades não ditas,
Sorrisos escondidos,
Todos os desejos contidos
E esse medo imenso de solidão.
Quisera escrever algo
Que me desnudasse
Ante os teus olhos perplexos,
Lábios entreabertos...
Que me mostrasse a ti.
Que te fizesse querer
Desvendar outros mundos
Que não esse teu.
Derrubar todas as muralhas invisíveis
Que sempre me separaram
De ti,
Quisera.
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