O Amor já não é amado.
Chora pelas calçadas, sozinho, sem nada...
O Amor não é amado!
Estende a mão carente para a gente sorridente, mas...
Passa indiferente, não lhe vê a mão.
E vaga sozinho, qual passarinho fora do ninho, indefeso, sem teto, sem pão.
Jogado num canto, esquecido, em pranto, aflito, cheio de solidão.
Bate em cada porta, ninguém lhe conhece mais não!
Sozinho, acabrunhado, por muitos desprezado, o Amor clama e chora a sua dor. Grita, pede socorro... Mas quê!
O Amor foi assaltado, injustiçado, sequestrado, insultado, violentado...
O Amor fica cansado.
Tentam, então, incendiá-lo, enquanto dorme, na calçada da desilusão.
Uns dizem que o ama.
Alguns dizem que o quer.
Outros dizem que o conhece.
Mas, o Amor? Quem é ele?
Não sabem dizem.
Abandonaram o Amor e vivem (infelizes) de pura e vã ilusão.
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