domingo, 6 de junho de 2010

Mas... como?

Mas, como posso envolver-me em Amor,
Inspirar-me e crer,
Se o mundo que me cerca,
não sei acolher?

Até que ponto é verdadeiro, maior, inteiro,
Bonito, sincero,
Isto que chamo de fraternidade
E que creio ser verdade,
Se não amo a Natuireza e ignoro,
de todas as maneiras,
Este mundo que me cerca e que,
também, é parte de mim?

Quais são os critérios do Amor?
Até aonde se estende o ato de amar e acolher?
Quais são os limites para amar? Há?
Em que se resume o ato de servir,
Quando amo o meu irmão e chuto o cão que vaga,
Se acolho o meu irmão e destruo cada pontinha verde,
cada possibilidade de esperança, ao meu redor?
Poluo a água que me mata a sede, destruo o verde que me cerca,
engaiolo e maltrato os animais,
destruo a beleza e só construo arranha-céus, dentro e fora do meu coração?
Pedras frias, congeladas, congelantes, congelando corações?
É o meu Amor por inteiro?
Quando oro e imploro, confesso e declaro o meu Amor pr Ele e pelo meu irmão...
É Amor por inteiro?
Confima-me este Amor os meus gestos?
É somente amor pela metade.
Não é Fraternidade, não é espiritualidade, não é AMOR, irmão!
DEUS NÃO AMA PELA METADE!


9 comentários:

  1. Oi amiga, suas indagações também são aquelas que muitos de nós que buscamos o desenvolvimento espiritual nos fazemos a cada dia... Profundas reflexões de uma alma sensível. Bj no coração.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. E com Amor passei por aqui refletindo em seus escritos,
    Bem haja,
    Beijinhos

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  4. Que arrepio esse belo poema nos causa poetisa.
    Um texto lindo e diz tanto do que sentimos e do que vimos de desigual na vida que é "O Amor."
    Bjs Goretti

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  5. Bom dia poetisa!
    Seu texto é tão rico e que voltei aqui.
    Suave e questiona o amor com leveza e amor.
    Bjs Goretti

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  6. Meu Deus, querida
    Quanta delicadeza em abordar o Tema da Acolhida em nossa Blogagem Coletiva Espiritual nesta semana.
    Muito carinho e meu muito obrigada por nos encher de luminosidade, meu anjo.
    Como me envolver com a Blogagem se não os acolho?
    Sinta-se acolhida no fundo de seu coração, tá?
    Bjs e fiquem na paz vc e seus entes queridos nesta semana em especial.

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  7. Obrigado! retribuindo a gentileza...belo blog!
    bela poesia também... Mas...como o ser humano possui 2 lados,sempre fica a dúvida: será que as ações do homem são motivadas pelo amor ou pelo ódio?
    beijos e sucesso!

    ahh,estou te seguindo! ;)

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  8. Belo poema. Realmente está na hora de assumirmos a nossa condição de filhos de Deus, que compreende um amor infinito e não pela metade. É o que tento expressar em:

    Procura-se uma nova mulher...
    Procura-se uma mulher que não se limite a amar um homem só.
    Que consiga sair do seu egoísmo e doar-se a todos os homens da terra, como se todos fossem seus maridos.
    Desta forma ela poderá olhar para cada criança e para cada jovem como se fosse seu próprio filho e assim, emputecida, se revolte definitivamente contra todas as injustiças que recaem sobre o ombro de seus filhos.
    Procura-se uma mulher que possa confessar publicamente a sua paixão pelo prazer e que possa fazer isto sem ser molestada ou discriminada.
    Espera-se ardentemente uma mulher que se deite por prazer e não por dinheiro. Se algum dia lavou, cozinhou ou se tenha doado, ainda que por um minuto, a algum homem, que tenha a certeza de que será recompensada infinitamente. Tenha a segurança de que o homem que a viu, a sentiu e a tocou está tão encantado com ela que faz questão de doar a ela e a seus filhos todos os seus bens.
    Procura-se urgentemente esta mulher capaz de enfrentar os prostitutos e as prostitutas, capaz de lutar pelos filhos que se perderam, capaz de se entregar a homens que garantam a ela e a seus filhos uma terra repleta de riquezas.
    Só a pureza desta nova mulher será capaz de arrancar os homens de suas prisões domiciliares e conduzi-los para um mundo sem fronteiras e absolutamente iluminado.

    Alceu João Gregory

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  9. Lindo poema, Otelice!
    Texto para reflexão...
    Adorei!
    Grande abraço

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