sábado, 21 de novembro de 2009

Olga Soares, em Canto e Verso


EU em MIM
Olga Soares
.
.
Afundo-me na inconstância
do meu ser
E entre sonhos e desejos,
Perco-me de mim mesma.
E, então,
já não sei o que sou
Ou o que, um dia, fui
(Fui?)
Sou eu em mim
Ou um personagem incorporado?
Não sei.
Não encontro mais respostas
Nem sei se um dia as tive.
E prossigo debatendo-me
para não submergir,
Em meus próprios anseios.

Um comentário:

  1. Oi Lice, bonito e expressivo poema da Olga que traz o paradoxo humano em evidência, apontando a complexidade, a vulnerabilidade da existência, o não saber de si, porque conhecer a si mesmo é ser iluminado... Um beijo.

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