sábado, 7 de março de 2009

A Academia e Eu

Tentei buscar, na Academia, a personalidade adquirida.
Amar a poesia, na intelectualidade conquistada.

Não conquistei a Academia e não fui conquistada.
Há, em mim,o instintivo simples do ser, que inserido está, mesmo antes do meu humano começar.
Uma onda quase imperceptível,
Percebida por outros seres,
Mas não por um simples olhar.
Onda inspirada em desejos e sonhos de gritar,
Que explode, empurra sentimentos, sensações, pedindo para falar.
A intelectualidade, esmagada pela simplicidade do meu ser, fugiu,
confirmando, em mim, a simplicidade do meu ser.
Tão simples assim, palavras simples, compreensíveis em mim,
Mas que só alguns corações conseguem entender.
Só os corações que conseguem ouvir, no balbucio de uma criança, o grito de toda a humanidade.
Só os corações que enxergam, numa simples árvore caída, o sangrar de toda a floresta.
E no abandono de cada cão, no olhar de cada abandonado ser,
o sangrar de todos os corações - humanos(?) - perdendo-se, na iludida e invisível
indiferença dos seres.

Um comentário:

  1. Belas palavras de significados profundos! Belo blog, feito com muita sensibilidade e carinho pela arte da escrita e da filosofia! Beijos

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