Vagava por entre imensidões perdidas,
Perdia-me na desesperança incontida,
Quando vi...
Vi, por entre rochas, firmadas em terra ressequida, uma flor a brotar.
Suas pétalas, tão firmes, suas folhas tão verdes a balançar, sorriam para o Sol.
Não o censurava, sorria.
Certamente que por sob uma superfície tão árida, criaram forças as suas raízes, para mais profundamente encontrar água e alimentar-se.
Vi o rio atravessando campinas, driblando obstáculos e, lentamente, seguindo o seu destino.
E vi uma ave, pousada por sobre uma árvore, floresta em chamas, a cantar.
Vi um camponês sedento e cansado, colhendo frutos maduros para outros alimentar.
Vi uma mulher faminta e só, com o filho, no colo,a amamentar.
Vi a força vencendo a terra, vi a terra vencendo ataques.
Vi a Natureza determinada, mas tranquila, por entre labutas e dificuldades, a cantar.
Sentei-me, então,. E, longe do mundo dos homens e de todos os seus códigos, convidei a minha alma para conversar.
Calamos, após, as nossas vozes.
Levantamo-nos, em silêncio, mas como em canção e voltamos a labutar.
Querida Lice, sua poesia transmite toda a ternura e encanto que há em sua alma ! Bjs.
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