quinta-feira, 23 de junho de 2011

Murmuras?

Que pretendem os murmúrios deste tempo?
Acovardar-me para o recuo?
Endurecer-me a alma,
arrancando-me a brisa?
Preparar-me para a batalha,
sugando-me a ternura,
tirando-me o brilho das manhãs?
Encorajar-me para uma luta,
recheada de hipocrisias,
ausentando-me do Amor,
negando-me a dádiva?

Que saiba este tempo
e seus temores,
Não desisto de amar.
Que, em tempos de horrores,
minh'alma voa, por sobre as montanhas
e, lá, por longo tempo, vive,
para retornar fortalecida, plena  (pequena?)
 engrandecida,
como, diante do sol, põe-se o luar,
Repleta de vontade de ser e estar.

Não me tirarão a doçura,
Não me matarão a ternura.
Ouso, a cada instante,
Bravejo e sorrio.
Puro silêncio absoluto,
em afago aos corações que amam,
em apelo
por paciência e espera
Enquanto o véu não se levantar
(e cair).

4 comentários:

  1. Aqui está mais bonita que no RL, por causa da estética externa... lindas palavras, poeta. Bjo, querida.

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  2. Maravilhoso! Tbm me sinto assim...
    Nada vai me tirar o dom do amor...
    Abçs

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  3. E não é mesmo para se acovardar antes tempos escuros. Beijos e parabéns

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  4. "Que saiba este tempo
    e seus temores,
    Não desisto de amar.
    Que, em tempos de horrores,
    minh'alma voa, por sobre as montanhas
    e, lá, por longo tempo, vive,
    para retornar fortalecida, plena (pequena?)
    engrandecida,
    como, diante do sol, põe-se o luar,
    Repleta de vontade de ser e estar."

    Adorei este verso e, este poema. Eu é que agradeço, como já referi, por partilhar a sua arte connosco. Muito Obrigado :)
    Melhores cumprimentos,
    Carlos Leite

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