sexta-feira, 14 de maio de 2010

Faz chorar

O rio corre devagar
Passa por tantos campos,
abrindo caminhos.
O rio não pára.
Mas, por onde passa,
permanece sereno...
devagar.

É longo o rio
Quase infinito
Vai se fazendo presença,
ora pura calma,
ora  encachoeirando-se,
ficando pelos lugares

Porém, se pensas que ali
ele se encerra,
engana-se
Mesmo imagem, ilusão retida,
está a caminhar.

O rio é caminho lento,
eterno passar.
Mesmo em fúria, revolta em grito...
eterno passar
Se abre em mil atalhos,
Quer, sempre, a terra abraçar.

Mas, também o rio,
em seu caminhar,
encontra  obstáculos
que querem fazer-lhe parar.

Porém, somente a mão do homem
Pode o rio estagnar,
seu caminho eterno findar.

Somente a mão do homem
consegue contaminar
Único elemento da Natureza,
   a desvirtuar-se.

Somente a mão do homem
consegue contaminar
Somente a mão do mão,
impõe-se, impiedosa,
sobre a Natureza a chorar.

Somente a mão do homem
pode a vida machucar
Somente a mão do homem
consegue, na Natureza, o desencontrar.

Na mão do homem, a Natureza,
mãe sofrida, silenciosa, oprimida
Não entende o filho perverso
que não a sabe amar.




2 comentários:

  1. Olá querida amiga e poetisa, verdades múltiplas em seus mimosos versos... Bj com carinho.

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  2. Olá, vim conhecer seu espaço.
    Parabéns por tão lindas e emocionantes palavras.
    Fica aqui meu carinho e o desejo que tenhas um fim de semana iluminado.
    Carinhosamente , Lady.

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