Sabes tu o nome desse vento cálido,
a desbravar corações,
a implantar-lhes tanta inquietação,
a marcar intemporalidade,
a trnsformar-lhes seguidores da verdade,
a enebriar-te assim?
Sabes tu dessa vontade de chorar,
quando todos, despercebidos,
passam a cantar
e desse olhar profundo, cravejante,
a enxergar as verdades ocultas
aos comuns passantes?
Sabes tu dessa onda transformadora,
questionadora, a transpor os tempos,
a percorrer ora em bravura, ora tão lenta,
a beijar o coração dos que choram,
a afagar o coração dos que amam?
Sabes tu dessa inversa realidade,
retratada em subjetividade
e cravada no coração do poeta?
Que sabes tu desse sonho
que não dorme,
desse fingir que não mente,
desse objeto de quem o tem?
Conheces tu a imaginação,
entendes de solidão,
conheces a viabilidade do fingir,
a amenizar o desejo de desisitir,
morte em plena vida,
ante as mazelas de um tempo
e o sussurro de uma criança,
a traduzir todas as dores da humanidade?
Respondes-me não?
Respondes-me sim?
Se há afirmativa em cada traço,
se há afirmativa em cada verso,
se há uma visão, em ti, do poder incalculável da vida,
e, nesse poder, constroes teus encantos, chora teus prantos...
inquietude e calma,
sorrisos e lágrimas,
sobre o manto suave de insatisfeito querer,
nos caminhos imaginários que vives a traçar o teu seguir
e insatisfeito, sempre, contemplas
o tempo que contempla a ti,
nas ações de cada ser,
nas notícias de cada dia,
Então, és poeta. És moradia da Poesia.
Minha querida
ResponderExcluirProfunda e verdadeira descrição da alma do poeta, um poema que disse tudo.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Olá, querida
ResponderExcluirA segunda estrofe é linda demais!!! Perfeita para mim...
Bjm de paz