domingo, 29 de abril de 2012

A chegar



O meu sonho já é barco sem rumo
Precisa de cais.
Arremessado pelas tempestades,
sem rumo e sem guarida
percebe-se indefinido,
sem pouso, sem chegar

Mas, o meu sonho é forte,
teimoso, persistente,
não desiste de chegar

E ao chegar - eu sei -
transformar-se-á em relva,
espalhar-se-á pelos campos
Há de querer alastrar-se

Meu sonho é ausente de ficar
É estrangeiro, pelos caminhos,
Buscando o seu lugar.


Um comentário:

  1. Bom dia Otelice! Vim te visitar, qto tempo não passava por aqui!Adorei este sonho "ausente de ficar" , um sonho nômade! Lindo isto! Bjss!

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