Calcando os pés gigantes na Paz,
Eliminando a verde esperança
Como quem, impiedosamente,
Pisa nas gramas dos jardins.
.
Estranho não ouvir mais
O canto de um pássaro estranho
Que eu não conheço, jamais antes vi
E que pousava, todas as manhãs,
Nas árvores (já hoje tão estranhas)
do meu jardim.
.
Estranho eu ver as pessoas correndo,
Assim apressadas, irritadas, estressadas,
Pelas ruas da cidade,
Tão agitada e medrosa,
Como fugitivos de guerra,
a fugir.
.
Estranho quase não mais ver o mundo
Em sorrisos, dar bom dia,
Estender as mãos cálidas e generosas,
Distribuir abraços, desejar conhecer,
E amar a tudo e a todos, ao redor.
.
Estranho a vida se estranhando,
Fechando portas, trancando janelas,
Gradeando jardins, cercando-se,
Prisioneira em castigos,
por ser amiga da Paz.
.
Estranho ser castigado por ser bom,
Ser livre por ser mau...
Estranho eu estranhando assim?
Não, Amiga... Não é estranho!!!
ResponderExcluirO mundo anda de pernas pro ar
e nós, prisioneiros do medo!!!
Reflexão imensa os versos
teus, Linda Lice!!!
Obrigada!!!
Maravilhoso fim de semana...
Beijo todo carinho...
No teu coração!!!
Iza