No meu peito, esse desejo ansioso de ser, tão afastado de si mesmo, tão cheio de chegares, tão coberto de desencantos, tão precisado de incentivos, tão rebuscado, tão doído...
O meu canto sufocado pelo tempo me faz chorar em canto triste... disfarçado do querer...
Esse meu querer de não querer, querendo me expulsar... e eu querendo expulsar o não querer
de prosseguir... o querer de não chegar.
Ah querenças complicadas, de poeta assombrada, ante a dor que não se resguarda, ante o canto que teima, às escondidas, em fugir, partir... não mais lutar... E essa vontade louca de ir... de prosseguir, de caminhar... e esse sonho que me atiça, me provoca, me fascina, ao dizer que lá, bem diante, há um luminoso canto a me esperar.
Ah querenças de poeta... ser complicado demais para se decifrar.