Amigos e visitantes,
A colega Celeste Aida, ofereceu-me um poema seu. E, contida, me disse: Otelice, não sei escrever poemas curtos. Mas, o que importa, penso eu, é a leveza com que ela nos conduz à leitura. E, por isso, pedi-lhe autorização para publicar, aqui, o poema que escreveu em homenagem a sua terra (São José das Itapororocas, Distrito de Maria Quitéria-Feira de Santana)
Aí vai, espero que prestigiem a colega.
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REENCONTRO
Celeste Aida Pereira de Oliveira
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Eu não lembrava de ti
assim... tão bela!
Tão maravilhosa, em sua exuberância
De onde surgiram estas sinuosas curvas, despercebidas
aos olhos da minha lembrança?
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Escuto o carro-de-boi
a te ensinar tristes cantigas...
E o aperto no peito é tão presente
(e tão sentido) que o coração sufoca,
transformando-se em dor
o distante gemido.
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E tu estás aqui
Plena
em toda tua boniteza...
E o carro-de-boi? Para onde foi?
Perdeu-se nos caminhos, talvez insondáveis
da minha infância?
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Divago...
É que te miro assim, depois de tanto tempo
e não encontro marcas para enfeiar a tua face.
O tempo...
para ti não é mistério,
pois te fez mais viva e mais vibrante.
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Observo o homem que o gado pastoreia
diante da tua beleza, embevecido.
Parece-me um Dirceu, talvez Romeu, quem sabe...Isolda?
A-pai-xo-na-do
por ti: Marília? talvez Julieta? quem sabe... Isolda?
(Cala-me o teu nome)
Mas que importa, se é a mesma paixão?
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O vento cochicha em meu ouvido
aquele segredo eterno
que nos faz conscientes
da força de um bem-querer:
-Quero-te demais!
(...)
Esta é apenas uma parte do poema. Logo postarei o restante.Espero que comentem e confirmem, a Celeste, o seu talento poesia.
Bjs no coração de todos.