Sem forças para continuar.
Minh'alma, porém, não se cansa,
Vem, me sacode, balança-se.
Acolhe-me, sufoca os meus "ais"
e me faz caminhar.
Minh'alma é ser navegante,
por entre mares distantes.
Minh'alma tem sede de mar.
E mistura seu canto, em alarido,
Navega por entre campos floridos,
Atravessa florestas, aos gritos,
Conversa com os animais.
Minh'alma é forte, guerreira,
segura o arco faceira,
atira flechas, no ar,
E sente os gritos profundos, estridentes, longínquos gemidos, no mar.
Desperta-lhe, então, sonhos de liberdade, desejos de guerrear.
Minh'alma é pura menina,
Mesclada por meus ancestrais.
Reergue-se, por entre rios e mar,
e caminha sobre as ondas do rio, caminha sobre as águas do mar.
Rejubila-se ante os sons dos tambores,
canta canções de ninar.
Minhálma é verde, amarela,
Entristece-se quando a querem calar.
Orgulhosa, não pára, não desanima,
A mestiça menina,
Brasil, em mim, a cantar.