domingo, 14 de março de 2010

Bom dia, Poesia!


Bom dia. Poesia,
Ouço o teu canto,
a fundir-me a alma
Ouço o teu barulho,
em torno de mim,
a me perseguir
E sobre as tuas ondas,
navego,
Impregnada pelo teu canto,
Encantada, me deixo ir
Entregue, mergulho-me, em ti!
*********************************************************
Salve, Catro Alves,
poeta meu
Coração a transbordar,
a além mares escutar,
A gritar os gritos dos seus
E sufocar outros alheios,
com ardor e vontade,
Armado de palavras
Guerreiro vencedor,
Salve!

sábado, 13 de março de 2010

Reencontro


Amigos e visitantes,
A colega Celeste Aida, ofereceu-me um poema seu. E, contida, me disse: Otelice, não sei escrever poemas curtos. Mas, o que importa, penso eu, é a leveza com que ela nos conduz à leitura. E, por isso, pedi-lhe autorização para publicar, aqui, o poema que escreveu em homenagem a sua terra (São José das Itapororocas, Distrito de Maria Quitéria-Feira de Santana)
Aí vai, espero que prestigiem a colega.
.
REENCONTRO
Celeste Aida Pereira de Oliveira
.
Eu não lembrava de ti
assim... tão bela!
Tão maravilhosa, em sua exuberância
De onde surgiram estas sinuosas curvas, despercebidas
aos olhos da minha lembrança?
.
Escuto o carro-de-boi
a te ensinar tristes cantigas...
E o aperto no peito é tão presente
(e tão sentido) que o coração sufoca,
transformando-se em dor
o distante gemido.
.
E tu estás aqui
Plena
em toda tua boniteza...
E o carro-de-boi? Para onde foi?
Perdeu-se nos caminhos, talvez insondáveis
da minha infância?
.
Divago...
É que te miro assim, depois de tanto tempo
e não encontro marcas para enfeiar a tua face.
O tempo...
para ti não é mistério,
pois te fez mais viva e mais vibrante.
.
Observo o homem que o gado pastoreia
diante da tua beleza, embevecido.
Parece-me um Dirceu, talvez Romeu, quem sabe...Isolda?
A-pai-xo-na-do
por ti: Marília? talvez Julieta? quem sabe... Isolda?
(Cala-me o teu nome)
Mas que importa, se é a mesma paixão?
.
O vento cochicha em meu ouvido
aquele segredo eterno
que nos faz conscientes
da força de um bem-querer:
-Quero-te demais!
(...)
Esta é apenas uma parte do poema. Logo postarei o restante.Espero que comentem e confirmem, a Celeste, o seu talento poesia.
Bjs no coração de todos.

domingo, 7 de março de 2010

MULHER


Onde encontraste tanta força
para, na dor, sorrir,
para, na alegria, voos tão altos alçar?
Onde encontraste tanta coragem
para mares abrir?
Onde encontraste esperança, ao cair,
para reerguer-te e prosseguir?
Mulher...
Foste gerada assim...
Chuva no deserto,
sol em plena tempestade,
dia e noite,sol e luar.
Para gerar, amar, lutar, sofrer,
viver e sempre recomeçar...
Sempre o mundo em ti.
E sempre voltar, no desejo de não ir,
E sempre ficar, no desejo de partir.
E, por entre sensibilidade,
por entre lágrimas e saudades,
Guerreira fizeste-te assim...
Na emoção, a pura razão,
No chorar, a mais pura canção
Nas decisões, oceanos de emoções.
E, no olhar, uma imensidão
de sonhos não atingidos,
Desejos partidos,,
Atos incompreendidos,
Mas, de puro e profundo amor, no recôndito do coração.
Mulher... eu, tu, nós... mulheres.
Tudo ou nada,
Sempre renascendo, em cada estação.